A
falta de atividade física pode reduzir em até 10 anos a expectativa de vida. Já
quem se exercita reduz em até 50% a chance de desenvolver
doenças crônicas, como câncer, diabetes e problemas cardiovasculares. Por isso,
a atividade física foi considerada pelos especialistas do Simpósio sobre
Balanço Energético da Série Científica Latino Americana a forma mais eficiente para combater a epidemia da
obesidade
O
encontro, que reuniu mais de 130 especialistas e pesquisadores em nutrição e saúde pública em todo o continente, contou
com a participação de John Dupley, da Universidade de Rosário, na Colômbia, que
apresentou provas científicas dos benefícios da atividade física em todas as
áreas da saúde. Segundo ele, fazer uma hora de exercício moderado por dia ativa
cerca de 800 genes que contribuem para a manutenção da boa saúde, bem como para
reduzir em até 50% o desenvolvimento de doenças fatais, como câncer, diabetes e
derrame.
“Cinco intervenções no
estilo de vida podem reduzir o risco de desenvolver diabetes tipo dois em até
90%: não fumar, ter um consumo moderado de álcool, comer cinco porções de
frutas e vegetais, fazer pelo menos 150 minutos de exercícios físicos por
semana, equivalente a meia hora por dia, e ter um peso adequado”, explicou
Dupley.
De
acordo com os participantes do evento, o exercício e os cuidados com a
alimentação são as melhores formas de combater os problemas associados ao ganho
de peso. "O controle inadequado do balanço energético é provavelmente a
principal causa de obesidade que afeta a América Latina", disse o Fernando
Lavalle, presidente do Comitê Científico responsável pela organização do
simpósio. Segundo o pesquisador da Universidade de Sonora, Mauro Valencia, o gasto
energético total de um indivíduo está determinado pelo gasto do próprio
metabolismo, o efeito termogênico dos alimentos e o gasto pela atividade física
que é o mais variável.
“Um dos fatores
determinantes no ganho de peso da população nos últimos anos é o aumento do
consumo de ingestão de gordura, e não de carboidratos e açúcares, já que as
gorduras têm um maior impacto no desequilíbrio de energia”, defendeu Eric
Ravussin, diretor do Centro Biomédico Pennington de Pesquisa em Nutrição sobre
Obesidade da Universidade do Estado de Louisiana. Segundo o especialista, o
metabolismo do corpo humano funciona de forma diferente para carboidratos e
gorduras. Enquanto os primeiros vão para o fígado, e servem para proporcionar
energia ao músculo esquelético, as gorduras praticamente servem para
desenvolver o tecido adiposo levando ao aumento de peso e medidas.
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